Pai não tem seio, mas, tem ombro. Ombro para oferecer à mãe quando ela está cansada demais e chora de exaustão; ombro para colocar o filho na hora do arroto e do sono; ombro para dar apoio, anos depois, quando acontecer a primeira decepção amorosa, a primeira e as muitas decepções da vida. Pai não tem o colo da mãe, mas, tem o peito largo para apoiar; apoiar a esposa, nervosa após o parto. Tem peito largo para suavizar os baques da vida. Tem peito largo para que, em qualquer idade o filho (a) possa caber no abraço e se sentir criança de novo.
As responsabilidades associadas aos papéis de gênero estão mudando, e isso é algo que devemos agradecer. Hoje, a paternidade não é mais um rótulo dando ao homem a responsabilidade de sustentar a casa. Os pais “não ajudam” na criação, não são adjuntos, mas figuras presentes, próximas, sempre participando na vida de seus filhos.